A Importância dos Distribuidores de Produtos Farmacêuticos no Sistema de Saúde
Vivemos em um país com dimensões continentais, repleto de desafios logísticos e de acesso à saúde. Com uma população de mais de 212 milhões de habitantes distribuídos em mais de 5.570 municípios, o Brasil conta com um sistema de saúde robusto, mas que enfrenta dificuldades para atender a todas as demandas da sociedade. Nesse contexto, os distribuidores de produtos farmacêuticos desempenham um papel crucial.
Para compreender a relevância desses distribuidores, podemos dividir o país em dois cenários distintos. O primeiro é composto por mais de 4.000 municípios, a maioria deles em áreas remotas, onde o acesso a serviços de saúde é difícil. Nessas regiões, hospitais e farmácias dependem principalmente dos distribuidores para garantir o abastecimento de medicamentos, independentemente da distância ou do tamanho do comprador.
Essa realidade apresenta diversos desafios para o setor de distribuição. Além das questões logísticas, como garantir que os medicamentos cheguem em perfeitas condições aos destinos finais, os distribuidores também precisam lidar com a complexidade das regulamentações sanitárias, controle de preços e uma cadeia de impostos que varia de acordo com as regiões do país. Essa equação exige planejamento, eficiência operacional e financeira, além de grandes investimentos, aumentando o risco para esses empresários.
O segundo cenário é composto pelas grandes metrópoles, cidades com mais de um milhão de habitantes. Nessas áreas, além dos desafios enfrentados pelo "outro Brasil", existem questões adicionais, como mobilidade, violência e acesso a diversos centros devido às razões geográficas. Nesse contexto, as distribuidoras de medicamentos continuam desempenhando um papel essencial, assegurando o abastecimento de hospitais e farmácias.
Dados de mercado mostram que, atualmente, as distribuidoras de medicamentos representam cerca de 60% do total de medicamentos distribuídos a hospitais e farmácias. Nas cidades menores, com menos de 50.000 habitantes, a dependência desses serviços de distribuição é ainda maior, chegando a mais de 93% no abastecimento de farmácias independentes. Esses números evidenciam a importância do trabalho dos distribuidores para garantir o acesso a medicamentos em todo o país.
Não apenas os consumidores se beneficiam da atuação dos distribuidores, mas também a indústria farmacêutica. Afinal, a função da indústria é produzir e inovar, não distribuir. Portanto, cabe uma reflexão tanto por parte do setor público quanto do setor privado sobre a valorização desse elo silencioso da cadeia de saúde, que muitas vezes é esquecido quando pensamos nos médicos ou na indústria farmacêutica.
Em resumo, os distribuidores de produtos farmacêuticos desempenham um papel fundamental no sistema de saúde brasileiro. Eles garantem o acesso a medicamentos para milhões de pessoas, independentemente de sua complexidade, preço ou quantidade. Sua atuação é essencial para o bom funcionamento do sistema, e é importante que tanto o setor público quanto o privado reconheçam e valorizem esse trabalho, a fim de fortalecer ainda mais o sistema de saúde como um todo.
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